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domingo, 23 de setembro de 2007

Devaneios

Não preciso de juras de Amor,
Mas de um olhar que fale por si,
Do corpo, o seu calor,
Momentos que fiquem em mim.

A magia do momento,
Do tempo que ali parou,
De todo o sentimento,
Que esse sentimento separa.

Que fica guardado no peito,
Que um dia será só lembrança,
Que volta de um jeito,
Dando um nó na garganta.

Preciso de um Amor que conceda,
Que a ame em delírio,
Com toda a complicação e sutileza,
E que sua ausência seja um martírio.

De um Amor que permita
Que eu seja atrapalhado, como sempre,
E quando me pegar pensativo, que reflita,
Que não estou diferente, e sim carente.

Tenho lá minhas fraquezas,
Emudeço e fico triste, assim,
Faz parte de minha natureza.
Falta talvez, de um coração carmim.

Essa minha vida concreta e prática,
Necessita de sonho e sedução,
Não quer ser parada, estática.
Precisa de sentimento, emoção.

Um Amor que aceite dedicação,
Que não se preocupe com minha boca fechada,
Que sinta com o coração,
Quando me faltar a palavra.

Do Amor que em meu peito grita,
E somente por meus olhos se expressa,
Deste corpo em que a alma se agita,
Vai aos Céus e regressa.

De sua alma tocada,
Com seu riso ou seu pranto,
Desta forma alimentada
Espalharei aos ventos meu canto.

Um canto de espelho
De Amor e paixão.
Dos seus sentimentos, respeito,
Assim fala essa canção.

Quero um coração alegre,
Que tenha com meu coração, cumplicidade,
Que a ele se entregue,
E que o aceite em igualdade.

Continuo vagando
Com o coração assim apertado,
E que o que eu esteja desejando
Não seja impossível ou errado.

Não quero passar em vão,
Não dar o melhor de mim,
Por um Amor esta paixão,
Meu coração aberto assim...

Nesses meus devaneios,
Que vai madrugada adentro,
Tenho lá meus anseios,
De estar perto dessa pessoa amada.

Tão perto que não a conheço
Já andamos de mãos dadas,
Mas a ela não pertenço,
Seu coração tem a porta fechada.

Tem tudo que aqui falei,
Tudo que gostaria,
Tudo que sonhei,
Que vira saudade e nostalgia.

Na distância de um toque,
Tão perto que se dá para falar baixinho,
Mas tão distante que não pode
Que parece que se está sozinho.

Quem sabe se ela ler estas linhas,
Talvez sejam por si, eloqüentes.
Quem sabe ela entenda que a quero como minha,
Talvez eu faça, talvez eu tente.


J Carlos Favoretto
7 Março 2006

Da serie: Sentimentos

Álbum da Lilica - Fotos publicadas aqui

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