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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Deprê

Debret do Masp não é um Debret, diz pesquisador

O inferno astral do Masp parece não ter fim. O quadro que o museu atribui ao francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) não é um Debret, segundo o editor e pesquisador Pedro Corrêa do Lago, autor do catálogo completo do pintor. Recém-lançado, o livro é o maior levantamento de um artista do século 19 -tem cerca de 1.600 ilustrações. A tela do Masp não é um Debret porque os índios não têm semelhança com os que viviam no Brasil à época e o europeu que aparece de costas não tem "qualquer característica brasileira", frisa o pesquisador. A obra do Masp, de acordo com o catálogo, mostra índios caribes e foi pintado pelo italiano Augustin Brunias (1730-1796), um dos mais importantes pintores que retratou o Caribe do século 18.
PREGUIÇOSOS
Um equívoco desse porte só pode perdurar por tampo tempo -o quadro está no Masp há mais de 50 anos- por causa da anemia vigente na história da arte brasileira, de acordo com Corrêa do Lago. "Historiador de arte no Brasil é preguiçoso, é acomodado. É preciso limpar a área de artistas como Debret e Rugendas", afirma.
MAIS FALSOS
O Masp não é o único museu a abrigar obras falsas ou atribuições equivocadas. O catálogo aponta atribuição equivocada a Debret num quadro do Museu Histórico Nacional ("Retrato de Dom João 6º") e encontrou 42 gravuras falsas entre as 560 peças de Debret do Museu Castro Maya -o equivalente a 7,5% da coleção.
MAIS VALIOSO
A boa notícia para o Masp é que a obra de Brunias, se a atribuição estiver correta, é mais valiosa do que a de Debret. O quadro de Brunias vale cerca de R$ 1 milhão, segundo o autor do catálogo, enquanto o Debret do Masp não passa de R$ 700 mil. Procurados pela coluna, o Masp e o Museu Castro Maya não quiseram comentar a questão das atribuições.
MÃOS AO ALTO
O presidente do Masp, o arquiteto Julio Neves, diz que não é verdadeira a versão da Secretaria de Estado da Cultura de que o governo queria ajudar o museu em troca de mais transparência na administração. Segundo ele, para pagar a dívida da instituição, de R$ 14 milhões, o governo Serra queria em contrapartida o controle sobre o acervo, avaliado em mais de R$ 1 bilhão. "Seria um acordo altamente desvantajoso para o Masp", afirma ele. Por isso, o museu recusou a oferta do governo. Coluna da Mônica Bergamo, Folha de S. Paulo, 08/01/2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Depois do Mário de Andrade que não era o Mário de Andrade, São Paulo descobre o Debret que não é um Debret. Cilada.

Walmor

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