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terça-feira, 1 de abril de 2008

Dia da Mentira!



Hoje é o dia da Mentira, tenho um primo que vive mentindo, acredita na sua mentira, é uma pessoa maravilhosa, amiga, solidária e mentirosa. Assim somos todos, ninguém é perfeito.

01/04/2007 - 07h23 - Atualizado em 01/04/2007 - 07h55
Mentira pode maltratar ou divertir as pessoas
Glauco Araújo Do g1, em São Paulo

O hábito de mentir pode vir da infância, amadurecer com a adolescência e envelhecer com a idade madura. A mentira, no entanto, pode provocar o desespero de uma pessoa, quando é dita para ofender, destruir e maltratar. No entanto, ela pode simplesmente divertir, como acontece no Dia da Mentira, comemorado neste domingo (1º de abril), quando a brincadeira costuma ser a tônica entre as pessoas.

A professora do departamento de psicologia da Universidade de São Paulo, Leila Salomão Cury Tardivo, explica que numa data comemorativa como a deste domingo (1º), a mentira não deve ser levada a ferro e fogo. "As pessoas podem brincar umas com as outras. O Brasil tem um povo alegre e isso faz parte. Mas é lógico que deve haver limites."

Segundo Leila, a mentira surge na vidas das pessoas desde criança. "É muito difícil alguém não mentir na vida, praticamente impossível encontrar quem nunca tenha mentido. A mentira vem desde a infância, quando as crianças não diferem a fantasia da realidade. Elas não mentem por maldade", disse.O problema da mentira, segundo a psicológa, é quando a pessoa entra no quadro psicótico. "Aí entramos numa etapa mais perigosa. O quadro das psicopatias pode levar, por exemplo, um criminoso a dizer que não cometeu algum crime e fugir por isso", explica.

Este é o estágio em que o mitômano (pessoa que tem compulsão pela mentira) deixa de viver a realidade e passa a mentir para encobrir ou não enxergar o que o desagrada. "Essas pessoas não admitem a sua realidade. Os mitômanos não aceitam suas capacidades e inventam histórias para tentar disfarçar essa situação. Esse é um lado psicológico muito complicado e não se origina de razões sociais ou de classe", diz Leila.

Compulsão pela mentira

Os mitômanos, que não conseguem controlar e viver sem mentir, precisam de acompanhamento psicológico. "As pessoas que não conseguem se controlar e mentem a toda hora apresentam um quadro psicológico diferenciado. Em muitos casos, precisam de tratamento psiquiátrico, pois não se sabe as conseqüências que suas mentiras podem provocar no meio em que vivem. Pode ser uma coisa insignificante como pode até provocar guerras", diz a professora da USP.

A mentira, muitas vezes, esbarra em questões éticas pessoais e profissionais. "Por exemplo, se um médico precisar dar o diagnóstico grave a um paciente e essa pessoa não estiver preparada psicologicamente, a reação pode ser violenta ou inesperada. Nesse caso, não seria uma ocasião propícia para uma mentira? Nem todas as pessoas têm preparo emocional para ouvir a verdade", afirma Leila.

Crianças

A mentira "branca" é a que a psicologia entende que não faz mal a ninguém e isso fica mais evidente na relação familiar entre pais e filhos. "Você vai contar tudo do jeito que tem de contar, mas tem de ter uma avaliação prévia e isso varia de pessoa para pessoa. Você, por exemplo, contaria absolutamente tudo para uma criança?", pergunta a psicóloga da USP.

"Não defendo a mentira para as crianças. Elas devem ser educadas sabendo que a mentira é algo errado, pois há momentos que a verdade é mais desagradável do que a mentira", diz.

Vida social

Leila Salomão explica que é importante tomar cuidado com o poder da mentira no contexto social. "A verdade nua e crua, sem amor, é crueldade. Você pode usar uma verdade para ser cruel ou causar algo de ruim em outra pessoa. É preciso encontrar esse equilíbrio."

Ela alerta para que se tenha cuidado, sobretudo no ambiente familiar. "A aceitação da mentira é mais complicada no relacionamento pessoal. A mentira em um casamento faz mal. Não é um ranço moral, mas é uma questão de respeito. Mentir nos negócios também é prejudicial e esbarra na ética profissional."

A máxima de que mentira tem perna curta é compartilhada pela professora de psicologia. "Uma coisa é verdade: a mentira bóia. Você pode enganar pouca gente por muito tempo, muita gente por pouco tempo, mas não consegue enganar todo mundo a todo tempo. Uma hora a verdade vai aparecer."


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