Como esquecer um amor (2)

Quero esquecer um amor. Posso?

TECNOLOGIA E AMOR não costumam combinar. É legal na hora de conhecer alguém. Muito mais prático achar no Facebook do que pedir o telefone e ter que ligar. Fato.
Mas e quando dá errado? Aí, é tragédia certa. Nada pior do que ter, por exemplo, que acompanhar a vida de um ex pelo Facebook. Como todo o mundo conta tudo, vamos saber com quem ele anda saindo, teremos ciúmes de alguma garota nova e nossa vida vai acabar, basicamente.

Sim, se o pé na bunda for doloroso, passaremos noites bisbilhotando a aparente felicidade do nosso ex. Até que um dia teremos de tomar uma decisão radical e tirar a pessoa do nosso Facebook. O que é horrível, pois parece que a gente terminou com a pessoa de novo, já que estávamos apegadas ao "eu virtual" dela.

O FIM DA FOGUEIRA DE FOTOS
No passado, quando brigávamos com um namorado, era simples: depois de chorar um monte, fazíamos uma fogueira e queimávamos nossas fotos juntos.
Esse era um ritual realmente libertador, muitas vezes compartilhado com amigas. Hoje, deletamos as fotos. Mesmo assim, as fotos ficam lá, no lixo romântico do Facebook.
Aquela foto daquele dia em que estávamos felizes está ali. É só dar um Google.
Achamos isso muito triste, porque tem horas em que as coisas precisam sumir de vez. Nunca nos arrependemos de ter queimado uma foto. É sério.


E O IPHONE 4?
O que nos assusta no momento é o iPhone 4, em que você fala enquanto vê a pessoa. Não seremos hipócritas: claro que vamos ter um desses! Pior: o mundo todo vai ter!
Pronto, acabaram aqueles telefonemas que você dava para um pretê nervosa. Agora, além de falar, você vai ter que estar bem na foto. Medo! E se a gente ligar para um ex e ele estiver com a atual, a gente vai ter que ver a cara dela? E se a gente estiver com aquele amigo lindo de quem o namorado morre de ciúme, teremos de agüentar um ataque depois? Não sabemos como o amor vai sobreviver ao iPhone 4.


PS. Só para lembrar, meninos skatistas, tomem cuidado com os motoristas. E meninos que andam de carro, não corram nem façam pega. É preciso estar atento e forte.

02 NEURÔNIO

JÔ HALLACK - NINA LEMOS - RAQ AFFONSO