Eu não gosto do Lula e de seu bando. Mas de certa forma, ele está certo... Roupa suja se lava em casa. Existe realmenta essa mania de se falar mal do país quando se está fora, de uma maneira vulgar, a grande maioria das pessoas no exterior se iludem demasiadamente; e, essa mesma pessoa que fala mal, não pensa na hora de votar (ou de voltar)...
Condenado ao repouso, fui devidamente envelopado, pela ciosa esposa, em roupas de cama. Os olhos ardendo tornavam impossível a leitura e, assim, fui coagido ao vídeo. Preferindo os tele-jornais, meu quadro de saúde agravou-se e a recuperação tornou-se ainda mais demorada, por certo. Descobri que sou um palhaço.
Riram e estão rindo de mim, descaradamente, boa parte dos senadores federais, ao longo do que, ensaiam, seriam os esforços para descobrir a verdade e fazer prevalecer a lei nos episódios que envolvem o presidente (fiz questão da inicial da minúscula) daquela Casa (hesitei - muito - na maiúscula). Senhores ou não, sisudos ou não, aceitam o microfone e, sem qualquer vergonha, declamam o script da desfaçatez, gozando da minha cara. No fim, prevalecerá o inevitável: sou um estúpido. Sou um bocó.
O Presidente da República não fez por menos, levando adiante a brilhante tese de que os problemas do Brasil não existem: a responsabilidade é da imprensa e dos brasileiros, que falam mal do país e, assim, afungentam turistas. Caçoava de mim, enquanto falava isso. Caçoava das famílias que choram seus mortos na violência nossa de cada dia. Como Mr. Wonka, na versão original da "Fantástica Fábrica de Chocolate", o bastonário brasileiro passou a cantar aos tupiniquins: "Come with me and you'll be in a world of pure imagination/Take a look and you'll see into your imagination. " E deve dar gargalhadas de mim, ecoando à noite pelos vãos geniais de Niemeyer. E o que falar das críticas à Polícia Federal? As críticas às operações zomba das pessoas honestas que não traficam influenciam, que não corrompem, que não superfaturam.
Já não me acho uma vítima da classe política brasileira. Descobri que sou um palhaço do Estado.
3 comentários:
Eu não gosto do Lula e de seu bando. Mas de certa forma, ele está certo... Roupa suja se lava em casa.
Existe realmenta essa mania de se falar mal do país quando se está fora, de uma maneira vulgar, a grande maioria das pessoas no exterior se iludem demasiadamente; e, essa mesma pessoa que fala mal, não pensa na hora de votar (ou de voltar)...
Condenado ao repouso, fui devidamente envelopado, pela ciosa esposa, em roupas de cama. Os olhos ardendo tornavam impossível a leitura e, assim, fui coagido ao vídeo. Preferindo os tele-jornais, meu quadro de saúde agravou-se e a recuperação tornou-se ainda mais demorada, por certo. Descobri que sou um palhaço.
Riram e estão rindo de mim, descaradamente, boa parte dos senadores federais, ao longo do que, ensaiam, seriam os esforços para descobrir a verdade e fazer prevalecer a lei nos episódios que envolvem o presidente (fiz questão da inicial da minúscula) daquela Casa (hesitei - muito - na maiúscula). Senhores ou não, sisudos ou não, aceitam o microfone e, sem qualquer vergonha, declamam o script da desfaçatez, gozando da minha cara. No fim, prevalecerá o inevitável: sou um estúpido. Sou um bocó.
O Presidente da República não fez por menos, levando adiante a brilhante tese de que os problemas do Brasil não existem: a responsabilidade é da imprensa e dos brasileiros, que falam mal do país e, assim, afungentam turistas. Caçoava de mim, enquanto falava isso. Caçoava das famílias que choram seus mortos na violência nossa de cada dia. Como Mr. Wonka, na versão original da "Fantástica Fábrica de Chocolate", o bastonário brasileiro passou a cantar aos tupiniquins: "Come with me and you'll be in a world of pure imagination/Take a look and you'll see into your imagination. " E deve dar gargalhadas de mim, ecoando à noite pelos vãos geniais de Niemeyer. E o que falar das críticas à Polícia Federal? As críticas às operações zomba das pessoas honestas que não traficam influenciam, que não corrompem, que não superfaturam.
Já não me acho uma vítima da classe política brasileira. Descobri que sou um palhaço do Estado.
Com Deus,
Com Carinho,
Mamede.
Queridos,
Obrigada pelo comentários.
Guardião, não somos nós que produzimos o fato. O problema não é falar e o que acontece aqui.
beijos
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