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sábado, 22 de setembro de 2007

Onde você quer viver?

O Guardião escreveu em seu site que "temos milhões de refugiados econômicos, sim. Essas pessoas não tinham bons empregos (a maioria nem mesmo um mal emprego), filhos em boas escolas e, se um dia foram classe média, deixaram de ser. Gente que perdeu tudo ou quase e luta por um futuro melhor; a maioria pensa em voltar para casa, ou algo que se assemelhe a isso."

Pois é meu amigo, mas pense bem, o nosso Brasil é o 40º melhor país para se viver no mundo segundo revista americana Reader's Digest. A lista foi elaborada a partir da análise de indicadores de qualidade ambiental e de vida, com o objetivo de descobrir os melhores países em termos ambientais, mas nos quais "as pessoas possam prosperar" e social, educação e renda.

Os primeiros colocados foram: Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia, Áustria, Suíça, Irlanda, Austrália, Uruguai e Dinamarca.

Além do Uruguai, o Brasil ficou atrás de vários outros países da América Latina: Argentina (27ª), Costa Rica (34ª) e Cuba (36ª). No entanto, o país ficou à frente do Chile (43º), do Paraguai (44º), do Peru (52º), da Colômbia (53ª), do México (63º), da Venezuela (68ª), do Equador (69º) e da Bolívia (75ª).

Você deve estar pensando, o Brasil é muito grande, há muitas diferenças sociais, e quanto as cidades?

No ranking de 72 cidades, segundo a mesma revista, as melhores são: Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega), Munique (Alemanha), Paris (França), Frankfurt e Stuttgart (Alemanha), Lyon (França), Düsseldorf (Alemanha), Nantes (França) e Copenhague (Dinamarca). Na lista das cidades, o Brasil entra em 54º, com Curitiba. São Paulo é a única outra cidade brasileira a entrar no ranking, entre os dez últimos, no 62º lugar.

A revista chegou a cinco conclusões, depois de analisar os dados de cada país e cidade:

1. É sempre possível ser "mais verde". Como exemplo, a Reader's Digest cita os líderes da Finlândia, que embora tenham excelentes indicadores para qualidade de ar e d'água, além de baixa mortalidade infantil e baixos riscos de poluição e desastres naturais, produz gases do efeito estufa acima da média, além de apresentar um alto consumo de água e um uso intensivo do solo pela indústria madeireira.

2. Não se pode deixar de pensar no futuro. Neste quesito, a Reader's Digest cita os Estados Unidos (em 23º no ranking), que por um lado tratam a qualidade da água dos seus rios, por outro, produzem cinco vezes mais dióxido de carbono por pessoa do que a média mundial, e seguem na tendência de aumento.

3. Proteja as florestas e as árvores. Como a população dos países desenvolvidos tende a se concentrar em cidades, a poluição também se concentra nestas áreas. Daí a importância de "cinturões verdes" ao redor das cidades para diminuir o impacto ambiental dessa poluição no país.

A reportagem cita como exemplo disso o Canadá, que apresenta bons indicadores de qualidade de água e ar, embora produza muita poluição em cidades como Montreal.

4. Administrar o progresso em benefício de todos. O exemplo neste item é a Noruega, em que praticamente todas as crianças completam o nível secundário, o que leva a uma consciência maior sobre questões ambientais e de cidadania, de acordo com a reportagem.

5. Mudar enquanto é tempo. O impacto da China (em 84º no ranking) sobre o meio ambiente mundial pode ser catastrófico, caso o país siga o exemplo dos Estados Unidos.

A revista afirma que se os chineses tivessem o mesmo número de carros por pessoa que os americanos, um bilhão de carros chegariam às ruas, o que se traduziria em um consumo de gasolina equivalente à metade do consumo mundial.

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