No começo você fala no máximo: você é demais. Você é incrível. Você é um fofo.
Daí as coisas evoluem. Você pensa: Já é hora de liberar o "eu te amo"? Não! Ainda não. Afinal, ele não falou nada. E a pior coisa que pode acontecer numa pretendência é você falar o "eu te amo" no momento errado. Porque simplesmente a pessoa pode falar: que bom! Ou rir amarelo.
Então você começa a falar um "eu te adoro". No fundo, eu te amo e eu te adoro são quase a mesma coisa. Mas o eu te adoro é menos impactante.
Até que um dia, depois de várias champanhes, ele fala: eu te amo. E daí você libera. Sem nenhum risco de ouvir da pessoa: ah ta.
Só que mesmo no começo, o "eu te amo" não é liberado totalmente. Você não acorda e sai gritando eu te amo aos sete ventos. "Você é muito contida", diz o pretê. Tombos amorosos, você pensa. Muitos eu te amos em vão. Agora o momento é de cuidado.
Mas aí um dia um telefonema descontrol é dado no meio da madrugada apenas para dizer um eu te amo. Daí liberou. Geral. Inclusive, se eu quiser, posso mandar fazer um faixa daquelas escrita Eu te amo e mandar botar no meio da rua.
E viva os eu te amos -- descontrols ou cuidadosos -- noturnos, diurnos ou no meio da madrugadas. Menos os bregas das faixas, se bem que todos eu te amos são meios bregas.
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