É realmente inacreditável como a vida da maioria dos homens flui de maneira insignificante e fútil, quando vista externamente, e quão apática e sem sentido pode parecer interiormente. As quatro idades da vida que levam à morte são feitas de ânsia e martírio extenuados, além der uma vertigem ilusória, acompanhada por uma série de pensamentos triviais. Assemelham-se ao mecanismo de um relógio, que é colocado em movimento e gira, sem saber por quê. E toda vez que um homem é gerado e nasce, dá-se novamente corda no relógio da vida humana, para então repetir a mesma cantilena pela enésima vez, frase por frase, compasso por compasso, com variações insignificantes.
fonte: A arte de Insultar - Arthur Schopenhauer.
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domingo, 6 de janeiro de 2008
O homem e o mecanismo de relógio
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