Acusado de ser o mandante da morte da missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi absolvido pelo conselho de sentença durante o segundo julgamento a que foi submetido. A decisão revoltou as famílias da vítima e entidades de direitos humanos presentes no salão do júri. O promotor Edson Souza disse que pretende recorrer da decisão. Os jurados entenderam que não havia provas suficientes para condenar o fazendeiro e ele será solto. No mesmo julgamento, que durou dois dias, o pistoleiro Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado.
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Fonte: Agência Estado
O Ministério Público Federal no Pará divulgou há pouco nota oficial em que considera "um verdadeiro prêmio à impunidade" a absolvição do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura.
Leia abaixo.
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará vem a público externar sua indignação contra a absolvição do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura da acusação de ter sido o mandante do assassinato da irmã Dorothy Stang.
Além de contrária às provas nos autos, a decisão - um verdadeiro prêmio à impunidade - é preocupante porque contribui para o acirramento da violência no campo.
Assim, entendemos que é fundamental e urgente o fortalecimento dos sistemas de segurança pública federal e estadual nas regiões de conflitos fundiários no Pará. Caso isso não ocorra, o MPF teme pela concretização das ameaças de morte a trabalhadores rurais, índios, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, defensores dos direitos humanos e religiosos que atuam no interior do Estado na defesa das minorias.
Por fim, é preciso lembrar que Vitalmiro Bastos de Moura responde à Justiça Federal por crimes ambientais e por manutenção de trabalhadores em condições análogas às de escravos.
fonte: Espaço Aberto
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quarta-feira, 7 de maio de 2008
caso Dorothy
Marcadores:
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