“Nesse lugar nos falou de outro Salomão, o grande rei de Israel.
Comentou que ele fora um jovem que tivera um excelente início de vida. Não queria ouro, prata, nem poder político; queria o mais excelente tesouro: a sabedoria.
Diariamente bebia e respirava sabedoria, e seu reino progrediu sobremaneira, tornando-se um dos primeiros impérios antigos. E a relação com as nações vizinhas era regada de paz.
Mas o tempo passou, e o poder o embriagou.
Ele abandonou a sabedoria e começou a se envolver em inumeráveis atividades. Além disso, de tudo o que seus olhos pediam, ele se fartava, mas não se saciava. Por fim, deprimiu-se intensamente e teve a honestidade de dizer que tudo havia se tornado para ele uma fonte de tédio. Tudo era vaidade, nada nessa deslumbrante existência o animava.
O grande rei teve centenas de mulheres, palácios, serviçais, exércitos, vestes de ouro, honras e vitórias, como raramente algum outro rei o fez, mas se esqueceu de amar uma mulher e de prestar atenção nos pequenos lírios dos campos, que representavam a amizade e tantas outras coisas.
(...)
O sucesso é mais difícil de trabalhar que o fracasso. Como ocorreu com Salomão, o risco do sucesso é a pessoa se tornar uma máquina de atividades, esquecer o sabor das diminutas coisas e abandonar aquilo que só os sonhos podem alcançar.
A paisagem de uma fazenda, de um jardim, de um quadro, pode excitar mais a emoção do observador do que a de seu proprietário.
Deus democratizou o acesso aos melhores prazeres da existência.
Ricos são os que procuram esse tesouro, miseráveis são os que pensavam possuí-lo.”
Trechos do livro: O vendedor de Sonhos
Autor: Augusto Cury
Editora Academia
Ano 2008
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008
O conto do Rei Salomão
Marcadores:
Literatura Brasileira
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Um comentário:
Tia Lilica
O risco do FRACASSO TAMBÉM é a pessoa se tornar uma máquina de atividades, esquecer o sabor das diminutas coisas e abandonar aquilo que só os sonhos podem alcançar.
Porque chega uma altura da vida, que eles já não falam mais ao sonhador, se encontram tão distantes que não são mais buscados.
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