A morte do Geocities e a importância da preservação digital
Lançado em 1994, o Geocities foi um dos mais importantes serviços de criação de sites antes do advento dos blogues. É o fim de uma era, dizem muitos. O Geocities, fundado em 1994 e comprado pela Yahoo em 1999, foi o primeiro serviço a permitir a uma grande parte dos internautas partilhar os seus interesses de forma simples, um pouco à semelhança do que acontece agora com os blogues e as redes sociais.O percurso do serviço termina hoje, segunda-feira, após a perda de popularidade para sites como o Myspace ou o Facebook. Será lembrado por alguns como um democratizador da Internet e, por muitos outros, como um local povoado de páginas de animações rudimentares e muito pouca informação revelante. O certo é que o serviço Geocities tornou possível ao utilizador comum construir uma página simples e colocar online conteúdo, numa altura em que a Internet ainda não era, verdadeiramente, a "autoestrada da informação" que conhecemos e utilizamos hoje em dia.Para além de não ser possível efectuar registo no serviço, também todos os dados armazenados nos milhões de páginas criadas ao longo dos anos será apagado permanentemente a partir de hoje,segunda-feira.No entanto, segundo o Computer World, uma equipa de arquivistas digitais está a tentar salvar o máximo de informação possível, através do download do conteúdo colocado nas páginas criadas pelos utilizadores do Geocities. O volume de informação que o grupo estima conseguir acumular ronda os dez terabytes.A decisão de "resgate" do conteúdo que agora irá desaparecer prende-se, explica Jason Scott, um dos arquivistas, com o facto de o Geocities ter sido "para milhares de pessoas, o seu primeiro website", tendo representado um papel crucial no desenvolvimento da Internet como a conhecemos agora.
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