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domingo, 9 de março de 2008

Festinha

João Sal/Folha Imagem

- Carruagem alugada por R$ 2.000 para aniversariante de 4 anos,

- Castelo com 5.000 balões (R$ 2.800) - Festa de R$ 100 mil em Moema

- Reynaldo Gianecchini e Marcello Antony vestidos de mostros perceguindo aniversariante, não tem preço.

Coluna da Mônica Bergamo deste domingo deu conta que, dois monstros passam a metade de uma festa, em São Paulo, perseguindo a anfitriã, que fazia 13 anos, as amigas e mães. São enxotados.

O mestre-de-cerimônia os chama ao palco: "Vamos mandar os monstros embora?" Eles tiram a máscara e... surpresa! Os monstros são Reynaldo Gianecchini e Marcello Antony.

Os atores, que não quiseram dar entrevista, foram contratados para uma das megafestas infantis e de pré-debutantes da cidade. O mercado está tão aquecido que terá a primeira grande feira, a Kids MegaFestas, no Terraço Daslu, de sexta a domingo, com fornecedores e um festão de verdade.

A capital tem 450 bufês infantis. Tatuapé e Moema são campeões, com 40 cada um. "Os bufês movimentam cerca de R$ 420 milhões por ano. Em média, são 20 festas mensais a R$ 4.000. Isso sem contar as feitas em casa. Há umas 3.000 empresas no ramo", diz Zuleica Russi, editora da revista "Festas", que organiza a feira.

A média é R$ 4.000, mas o céu é o limite. E foi de lá que desceu um helicóptero em uma cobertura na Vila Nova Conceição, trazendo o Batman para os três anos do filho de uma empresária, que torra até R$ 500 mil -sim, meio milhão- nas comemorações do herdeiro.

Foi o que gastou na festa de dois anos, quando fez do tradicional bufê Torres, no Itaim, um safári. "Teve elefante e dromedário. Tentamos pôr dentro, mas o cheiro é terrível, eles não têm hora para fazer aquelas coisas. Ficaram na porta, e só entrou o macaco", diz Marconi Ferreira, promoter do Torres.

Já um casal de empresários do Morumbi gastou R$ 250 mil para fazer da própria casa um safári, na festa de sete anos do filho, com tigre (R$ 12 mil), elefante (R$ 6.000), chimpanzé (R$ 4.500) e duas pessoas só para catar a sujeira. "A girafa não deu pra levar porque o pescoço não cabia no caminhão", conta Andrea Guimarães, que cuidou da festa, em setembro.

O mundo animal se incorporou às festas. A S.O.S Ambiental mata os ratos antes de entregá-los às suas jibóias, "para que não desenvolvam o instinto de dar o bote ou estrangular", uma vez que passeiam com seus dois metros pelos pescocinhos de pequenos três anos -o teatro com cobra, aranha caranguejeira, sapo e outros sai por R$ 500.

A mais nova atração das "festinhas" é um pit-stop com carro de Fórmula 1 para trocar pneus como nos boxes. O ex-piloto Mario Pati Jr. criou a engenhoca para palestras "motivacionais que estimulam trabalho em equipe" e foi convidado a migrar para aniversários pela Xic Balloon, produtora de festas de alto padrão. Por R$ 5.000, estreou há 15 dias no Alto da Lapa. Chegou à garagem da casa do garoto, de oito anos, de carreta. A mesa do bolo era um carro de corrida achado em oficina perto do autódromo de Interlagos pela Xic Balloon.

Sustenta doces nas laterais e no aerofólio, e o bolo, em forma de capacete, à frente da direção. A criança vai no banco e, antes dos "Parabéns", tocam o som da largada e a música do Senna.

Dóris Figueira, dona da Xic Balloon, diz orientar os clientes a fugir da megalomania. "Não, você não vai colocar esteira rolante na entrada, doa esse dinheiro para uma creche!" Ela tem pacote "básico" de R$ 7.900, mas também faz megafestas. Em uma delas, em Sorocaba (99 km de São Paulo), só de bexigas foram R$ 25 mil.

Natália (nome fictício), 4, filha de empresários de Campinas (93 km de SP), passou por um castelo com 5.000 bexigas (cinco metros de altura por oito de comprimento) para adentrar a sua festa, há 15 dias, no bufê Planet Mundi. Só aí, foram R$ 2.800, fora os R$ 2.000 da carruagem da Cinderela alugado da Tomaselli -a festa não saiu por menos de R$ 100 mil, disse um membro da produção.

O cavalo branco tomou banho de purpurina antes de carregar a aniversariante em uma volta, dentre carros, na agitada noite de Moema. "Queria que ela chegasse em grande estilo", diz a mãe, que tinha festas simples na infância. A menina, de vestido longo de paetê rosa, coroa e três horas de cabeleireiro e maquiagem, amou a "cajuagem".


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