Enquanto toda imprensa debate sobre a eficiência da polícia e a ética do jornalismo sobre a cobertura do seqüestro de Santo André, fico muito preocupada com a banalidade da vida da mulher e nossa segurança, o ex-namorado magoado considera o fato de ser desprezado motivo suficiente para matar.
Na entrevista coletiva o Coronel Félix disse:
"A amiga contou que durante as brigas ele batia na ex-namorada", disse o coronel Eduardo José Félix. A ex-namorada não parecia se abater com as agressões, que envolviam chutes e tapas, e discutia com Lindemberg e "até o provocava", contou o coronel reproduzindo depoimento da amiga da garota.
Outra:
“O resultado ruim dessa ocorrência não foi produzido pela ação do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). Como se tratava de um rapaz de 22 anos que estava sofrendo de uma decepção amorosa por uma adolescente de 15 anos, a política foi a preservação da vida e a negociação”.
O que dá para entender dessa declaração? Para o coronel o rapaz podia bater na garota e ameaçá-la de morte porque tratava-se de ciúmes, ele não era bandido na visão do coronel.
Infelizmente não é só o Coronel que tem essa interpretação, outro exemplo que a violência contra mulher é banalizado pelas autoridade foi o entendimento de alguns Juízes que consideram agressão de ex-namorado não configura violência doméstica e não pode ser aplicado a Lei Maria da Penha.
Postado por Nuriyah do blog "Até a página 2"
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domingo, 19 de outubro de 2008
Violência contra mulher
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Violência
Não creio estar perdendo muita coisa. Na arte, como na vida, tudo devia ser melhor. E isso só será possível quando o homem for melhor."
Carlos Heitor Cony
segunda-feira, 23 de julho de 2007
terça-feira, 26 de junho de 2007
Envelheçam depressa, deixem de ser jovens o mais rápido possível. Nelson Rodrigues
Ontem na Globo, sobre episódio no Rio de Janeiro:
- Grupo espancou e roubou empregada. Os jovens são de classe média alta... Jovens moradores de condomínios de luxo da Barra... Jovens... Os jovens são o centro desta questão perturbadora.
Dias antes na Globo, sobre episódio em São Paulo:
- Quadrilha aterrorizou moradores do Morumbi. Assalto a casa de luxo... Vários bandidos.
Para um lado, um "grupo" de "jovens". Para outro, uma "quadrilha" de "bandidos". Pergunta/acusação de Xico Vargas, ontem no site Nomínimo:
- Será que temos feito tudo errado e não são a cor, a casa e a carteira que forjam a bandidagem?
Nelson de Sá publicou na folha de s. paulo 26/06/2007
